Esta pesquisa destina-se a investigação da metáfora da casa enquanto local de inserção de corpos, local da poesia e da prosa, também de acontecimentos e que as escritoras Adélia Prado e Myriam Fraga retomam como elemento de sua poética.
Nos textos de Adélia Prado há o olhar feminino sobre a vida cotidiana na casa. São quintais, salas, paredes, tetos, quartos e jardins que comunicam e,
A casa será pensada enquanto abrigo, lugar que o sujeito escolhe para viver e construir histórias, lugar que guarda lembranças, espaço físico e extensão dos sujeitos que ali se inserem, não será esquecido deste estudo o fato de que a casa também pode ser um local de aprisionamento, de hierarquias, de repressão e opressão, e não se pode deixar fora da futura reflexão quando os limites da casa são rompidos.
O estudo partirá das definições mais simples do termo casa para em seguida debruçar-se sobre teorias acerca da metáfora da casa e suas possíveis leituras nas poesias das escritoras em estudo.
Os textos literários serão, nesta pesquisa, pensados a partir de teorias que permitam o diálogo interdisciplinar, tendo sempre em vista que o espaço do texto literário é também um local onde se encenam muitos saberes, deslocamentos e vozes.